Diante das novas tecnologias, potencialmente interativas, o currículo tem sido pensado de forma integrada a estes recursos, possibilitando participação e um maior envolvimento de toda a escola, notadamente dos alunos. A experiência, neste caso, provém de todos e o currículo (conteúdo, aulas, atividades) pode ser construído com o aluno, ao invés de, isoladamente, para o aluno.
“Hoje são inegáveis as potencialidades do uso educativo de tecnologias. Mas este uso traz contribuições significativas à aprendizagem quando acontece integrado a um projeto curricular com clareza da intencionalidade pedagógica voltada ao desenvolvimento da capacidade de pensar e aprender com novas tecnologias” (ALMEIDA E PRADO). Neste sentido, Pedro Demo destaca o papel dos jogos, como ferramenta que diverte e desafia as crianças e dos blogs, ferramenta interativa e popular na Internet que instiga os alunos a redigirem, elaborarem, exibirem e discutirem suas idéias. Ambos permitem, que os alunos tenham o prazer de colaborarem, de serem participantes e não somente expectadores.
Como muitos dos alunos têm acesso à maioria das tecnologias: computadores e Internet (em casa ou em lan-houses), celulares (muitas vezes com câmeras, jogos, mp3, entre outros), tv, radio... a maior parte deles tem conhecimento que pode ser explorado em atividades na sala de aula. Eles são capazes de pesquisar um determinado tema, relacioná-lo com outros, criar ligações para ele, e a Internet, com seus hipertextos, é uma excelente ferramenta para isso. Um texto, com a participação deles e as ferramentas tecnológicas, pode se transformar em vídeos, imagens, animação tomando dimensões inimagináveis. Para isso, a escola, principalmente o professor, precisa tornar possível e integrar efetivamente estes recursos a suas atividades. Laura Maria Coutinho ressalta que “o audiovisual alcança níveis de percepção humana que outros meios não. E, para o bem ou para o mal, podem se constituir em fortes elementos de criação e modificação de desejos e de conhecimentos, superando os conteúdos e os assuntos que os programas pretendem veicular e que, nas escolas, professores e alunos desejam receber, perceber e, a partir deles, criar os mecanismos de expansão de suas próprias idéias”.
Como experiência própria, pude perceber ao longo do ano letivo de 2009, que confiar a elaboração, criação e investigação de temas aos alunos, tornam o processo de aprender mais verdadeiro e independente. Através de atividades simples, como, após a discussão de um tema, permitir que os alunos criem suas próprias apresentações de slides, ao invés de levá-lo pronto, é possível notar um entusiasmo maior a respeito da leitura, da redação e do conhecimento sobre o tema, e posteriormente o desejo de exibir sua aprendizagem para os outros.
Referências:
Currículo escolar. Disponível em: http://wiki.educartis.com/wiki/index.php?title=Curr%C3%ADculo_escolar. Acesso em: 03/12/2009
O currículo escolar. Disponível em: http://www.scribd.com/doc/6779342/O-Curriculo-Escolar. Acesso em: 03/12/2009.
Desafios e possibilidades da integração de tecnologias ao currículo. Disponível em: http://rocha.hiperlab.egr.ufsc.br/hiperlab/mec/unidade4/Desafios_e_possibilidades.pdf. Acesso em: 03/12/2009
Pedagogia de projetos:fundamentos e aplicações. Disponível em: http://rocha.hiperlab.egr.ufsc.br/hiperlab/mec/unidade4/1.pdf. Acesso em: 03/12/2009
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